LESÕES OROFACIAIS EM MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA NÃO FATAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

Autores

  • Anna Flávia Silveira Batista Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  • Hiully Karydja Câmara Oliveira Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  • Ana Clara Soares Paiva Torres Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  • Patricia Bittencourt Dutra dos Santos Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
  • Georgia Costa de Araújo Souza Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.21117/rbol-v8n22021-355

Palavras-chave:

Violência contra a mulher, Violência de Gênero, Traumatismos faciais, Traumatismos Dentários, Odontologia legal

Resumo

Introdução: Grande proporção dos atos violentos praticados contra as mulheres resulta em lesões maxilofaciais. A região facial é o local mais recorrente das violências físicas, uma vez que o violentador deseja evidenciar a fragilidade da vítima e distanciá-la socialmente, causando danos psicológicos, estéticos e morais. Objetivo: Analisar as regiões craniofaciais mais afetadas e o perfil das mulheres que sofreram violência não fatal. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da  literatura, com identificação de artigos nas bases SciELO, MEDLINE via PubMed, LILACS e BBO, usando os descritores “violência doméstica”, “injúria facial”, “traumatismo facial” e suas variantes nos idiomas inglês e português. Resultados: Foram selecionados 14 estudos. A idade das mulheres variou de 16 a 64 anos, com a maioria tendo ocupações domésticas e dependência financeira do cônjuge ou parceiro. Todos os estudos abordavam a região de cabeça e pescoço como o local mais acometido por lesões, por se tratar de uma região vulnerável. A órbita foi considerada a estrutura anatômica mais acometida mencionada em quatro estudos, seguida por boca, nariz e mandíbula. Hematomas e equimoses foram as lesões mais encontradas, identificadas em 9 estudos. Além disso, 13 estudos relataram o uso de instrumento contundente durante as agressões. Outras lesões como fraturas dentais, avulsão dentária, fraturas faciais e edema foram encontradas com menos frequência. Conclusão: O terço superior da face foi o mais atingido, em especial a órbita, e o tipo de injúria mais comum foram as equimoses e hematomas geralmente provocados pelos parceiros.

Biografia do Autor

Anna Flávia Silveira Batista, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Acadêmica do Curso de Odontologia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). RN, Brasil.

Hiully Karydja Câmara Oliveira, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Cirurgiã-Dentista graduada pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). RN, Brasil.

Ana Clara Soares Paiva Torres, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Professora da área de Clínicas Odontológicas, Departamento de Odontologia da UERN. Doutora em Saúde Coletiva – Área Odontologia. RN, Brasil.

Patricia Bittencourt Dutra dos Santos, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Professora da área de Odontopediatria, Departamento de Odontologia da UERN. Doutora em Ortodontia. RN, Brasil.

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Publicado

2021-09-27

Edição

Seção

Revisão de Literatura