APLICABILIDADE DO ÍNDICE FORAME MAGNO EM CRÂNIOS HUMANOS DE INDIVÍDUOS DO NORDESTE BRASILEIRO

Autores

  • Andrezza Maria Carvalho Sousa Guerreiro
  • Maria Izabel Cardoso Bento
  • Ana Carolina de Melo Soares
  • Evelyne Pessoa Soriano
  • Patrícia Moreira Rabello
  • Larissa Chaves Cardoso Fernandes Faculdade de Odontologia de Piracicaba/Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.21117/rbol.v6i3.256

Palavras-chave:

Antropologia forense, Odontologia legal, Crânio, Forame magno

Resumo

Introdução: O Índice Forame Magno (IFM) é um método secundário para o estabelecimento do sexo no processo de identificação humana. Objetivo: Averiguar a aplicabilidade do IFM para a determinação do sexo em uma amostra brasileira. Material e Método: Estudo cego e transversal, com amostra composta por 209 crânios pertencentes ao Centro de Estudos em Antropologia Forense da Faculdade de Odontologia de Pernambuco/Universidade de Pernambuco (CEAF/FOP/UPE). Com o uso de paquímetro digital de precisão, foram realizadas medidas correspondentes à largura e ao comprimento do forame magno, aplicando-as à fórmula IFM = largura/comprimento x 100. O sexo foi classificado de acordo com tabela de referência para o índice supracitado. Para a análise estatística utilizaram-se os testes T-Student e Qui-Quadrado de Pearson, com nível de significância de 5,0%. Resultados: Todas as variáveis quantitativas apresentaram diferenças estatisticamente significantes para os sexos (p<0,05), porém não houve discrepâncias entre os mesmos quanto à utilização do IFM (p=0,965). O acerto do IFM para o sexo masculino (99,1%), mas para o sexo feminino este método não classificou nenhum crânio corretamente. Conclusão: As dimensões do Forame Magno apresentaram dimorfismo sexual, porém o IFM não deve ser utilizado como metodologia para a determinação do sexo da amostra brasileira estudada.

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Publicado

2019-12-24

Edição

Seção

Artigo original