ANÁLISE E CLASSIFICAÇÃO DA RUGOSIDADE PALATINA EM UMA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Autores

  • Clea Adas Saliba Garbin Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista.
  • Marcelo Augusto Amaral Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista.
  • Roberto Silveira da Silva Greghi Centro Universitário Cesumar

DOI:

https://doi.org/10.21117/rbol.v4i3.125

Palavras-chave:

Odontologia legal, Identificação humana, Morfologia, Palato, Brasil

Resumo

Introdução: em situações em que um indivíduo sofre um acidente ou tem o corpo em estado de decomposição, é necessária realizar a identificação por meio de métodos para obtenção da identidade biológica, e no presente trabalho foi avaliado o método de rugoscopia palatina. Objetivos: analisar a rugosidade palatina de um grupo de universitários da Região Sul do Brasil, bem como classificar segundo o método de Carrea e as variáveis sexo, faixa etária e cor da pele desta população de estudo. Métodos: trata-se de um estudo observacional, classificatório e transversal com abordagem quantitativa das rugas do palato. A amostra de conveniência foi obtida a partir de universitários do curso de Odontologia do Centro Universitário Cesumar. Houve uma predominância do sexo feminino (76,6%), indivíduos com faixa etária de 18 a 22 anos (76,6%) e predominantemente leucoderma (83,4%). A coleta dos dados ocorreu por meio de moldagem com alginato do arco dental superior, vazamento de gesso, contorno das rugosidades palatinas com lápis no modelo, e por fim, análise e classificação por um único pesquisador/observador segundo o sistema proposto por Carrea. Resultados: foram encontradas de 6-14 rugas palatinas, com variados formatos: lineares, onduladas, compostas e/ou circulares. Ocorreu predomínio da classe do tipo IV (50%). Conclusões: no grupo estudado foi verificada uma maior ocorrência de rugas direcionadas em sentidos variados e distribuição uniforme entre os demais tipos de classes propostos por Carrea. De acordo com este estudo, a rugoscopia palatina não resultou em caracterizações com diferenças sexuais, etárias ou de ancestralidade (cor da pele), não contribuindo para elaboração de um perfil biológico em identificação humana.

Biografia do Autor

Clea Adas Saliba Garbin, Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista.

Professora Titular do Departamento de Odontologia Infantil e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista.

Marcelo Augusto Amaral, Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista.

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de Araçatuba da Universidade Estadual Paulista.

Roberto Silveira da Silva Greghi, Centro Universitário Cesumar

Cirurgião Dentista graduado pelo Centro Universitário Cesumar

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Publicado

2017-03-25

Edição

Seção

Artigo original