O IMPACTO DA DOR CRÔNICA POR DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR NAS ATIVIDADES LABORAIS
DOI:
https://doi.org/10.21117/rbol.v5i3.193Palavras-chave:
Transtornos da articulação temporomandibular, Dor facial, Absenteísmo, Doenças ocupacionais, Licença médicaResumo
Objetivo: Avaliar se a disfunção temporomandibular (DTM) crônica esteve associada ao absenteísmo laboral. Métodos: O estudo foi realizado com dados secundários de um ensaio clínico randomizado conduzido em um centro de referência terciária. Foram selecionados os pacientes que apresentaram diagnóstico de DTM segundo o Research Diagnostic Criteria/Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), e que exerciam atividade profissional. O grau de dor crônica foi relacionado com o absenteísmo laboral relatado. Resultados: Dos 106 pacientes selecionados, a maioria registrou níveis altos de intensidade da dor e baixos de interferência na capacidade de trabalhar. Entretanto, quanto maior a classificação do grau de dor crônica, mais dias de falta ao trabalho foram relatados (P < 0,001). Houve ainda uma correlação positiva de média a forte entre ausência do trabalho, a interferência nas atividades diárias e a mudança na capacidade laboral. Conclusão: A dor crônica por DTM esteve associada ao absenteísmo laboral, e os pacientes com maior grau de dor crônica relataram mais dias de ausência ao trabalho.
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