ESTIMATIVA DA ALTURA POR DIMENSÕES DENTÁRIAS: LEVANTAMENTO E ANÁLISE

Autores

  • Lara Maria Herrera Universidade de São Paulo
  • Monica Costa Serra
  • Clemente Maia da Silva Fernandes

DOI:

https://doi.org/10.21117/rbol.v1i1.4

Resumo

Os conhecimentos de Antropologia Forense são de suma importância em casos de identificação de despojos humanos. Uma das fases desse processo é o estudo da altura, que pode ser realizado com relativa facilidade quando corpos íntegros, esqueletos completos ou ossos longos estiverem disponíveis. No entanto, a experiência do odontolegista é imprescindível em situações deparadas apenas com informações do crânio ou dos dentes. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento da literatura, e análise dos estudos relativos à estimativa da altura obtida por meio das dimensões dentárias. Carrea, em 1920, possibilitou o cálculo da altura mais provável do indivíduo através da elaboração de fórmulas para alturas máxima e mínima a partir de mensurações dos incisivos central e lateral e caninos inferiores. O método foi utilizado no caso “Josef Mengele”, para complementar estimativas. Testado na população brasileira, foram obtidos 70% de coincidência com a estatura real e a estimada. Com o uso de instrumentos mais precisos, no Método Modificado, 96% de acerto foram encontrados. Recentemente, uma nova fórmula foi apresentada para estimar a altura, a partir de medidas de dentes superiores, tendo em vista a impossibilidade da aplicação da técnica quando a mandíbula não está à disposição. A correlação entre altura e dimensões dentárias está demonstrada. Entretanto, a literatura científica ainda é carente de trabalhos nesta seara, e novas pesquisas fazem-se necessárias. A estimativa da altura a partir das dimensões dentárias pode ser muito útil e importante, sobretudo em situações em que não é encontrado o esqueleto completo, e faltam os ossos longos. 

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Publicado

2014-12-22

Edição

Seção

Revisão de Literatura