COMPARAÇÃO ENTRE CINCO SISTEMAS DE DIGITALIZAÇÃO 3D POR FOTOGRAMETRIA APLICADOS À ANTROPOLOGIA FORENSE E ODONTOLOGIA LEGAL

Autores

  • Giulia Cristina Batistela Faculdade São Leopoldo Mandic
  • Cícero André da Costa Moraes
  • Paulo Miamoto

DOI:

https://doi.org/10.21117/rbol.v4i3.122

Palavras-chave:

Reconhecimento facial, Odontologia legal, Imagem tridimensional, Antropologia forense

Resumo

A análise forense de restos mortais e outros vestígios pode ser complementada pela digitalização tridimensional (3D). A fotogrametria de curta distância, consiste na extração de informações geométricas 3D a partir de imagens fotográficas. O objetivo deste estudo foi comparar cinco sistemas de digitalização (Photoscan®, 123dCatch®, ReCap360®, PPT-GUI® e OpenMVG®+MVS®) quanto à operabilidade e qualidade das malhas 3D geradas a partir de 42 fotografias de um crânio seco, tomadas com um smartphone. Duas escalas métricas ABFO nº2 foram posicionadas rente ao crânio. Após o processamento, as nuvens de pontos 3D resultantes foram convertidas em malhas 3D e/ou texturizadas quando necessário, e redimensionadas em escala 1:1. O número de vértices, faces, fator de escala e uma medida conhecida foram registrados. Recortou-se as regiões que não faziam parte do crânio e novamente o número de faces e vértices foi registrado. Para operabilidade, avaliou-se tempo de processamento, necessidade de conexão à Internet, funcionalidade limitada por versão não paga, texturização automática, entre outros parâmetros. Para qualidade, as malhas também foram avaliadas em seu aspecto visual, em seu aspecto quantitativo de vértices e faces, e diferença estatística das médias das medidas. Embora o uso de duas escalas idênticas tenha gerado artefatos, todos os programas geraram malhas tridimensionais adequadas, com algumas diferenças no resultado final e na operação. Cada ferramenta obteve resultados satisfatórios dentro de suas particularidades. Photoscan® teve operabilidade e resultados bons, porém seu custo pode ser um obstáculo. ReCap360® e 123dCatch® são fáceis de operar, mas dependem de Internet e possuem funcionalidade limitada.

Biografia do Autor

Giulia Cristina Batistela, Faculdade São Leopoldo Mandic

Graduanda de odontologia

Cícero André da Costa Moraes

3D Designer, Arc-Team, Cles, Trento, Itália.

Paulo Miamoto

Departamento de Odontologia, Áreas de Odontologia Legal e Anatomia, Faculdade São Leopoldo Mandic Campinas, São Paulo, Brasil.

 

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Publicado

2017-07-30

Edição

Seção

Artigo original